quinta-feira, 24 de junho de 2010

Cortar na despesa?

Cortar na despesa? Parece não ser para todos...

Em 26 de Maio deste ano era notícia, praticamente em todos os meios de comunicação o plano para diminuição de despesas do Hospital de S. João, fazendo mesmo titular da notícia em alguns jornais o seguinte:

Hospital de S. João vai cortar dez por cento nos vencimentos dos seus administradores in “Público” de 26.05.2010.

Tal facto levou a ministra Ana Jorge, a 27 de Maio, a desafiar “organizações a seguirem o exemplo do S. João”. Em entrevista à TSF, a ministra explicou que pediu aos hospitais, e demais organismos centrais, regionais e locais que pensem bem sobre formas e a organização interna das instituições, de forma a contribuir para a “redução da despesa, sem nunca pôr em causa a prestação de cuidados de saúde às populações”.

Nos dias subsequentes foram, igualmente vários os órgãos de comunicação social que noticiavam a intenção dos hospitais da Universidade de Coimbra e de Lisboa Norte de tomar medidas para reduzir despesas.

A 4 de Junho, o jornal “Público” noticiava que Onze hospitais já adoptaram medidas para reduzir despesa: Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), São José, Capuchos, Santa Marta, D. Estefânia - os quatro em Lisboa -, Litoral Alentejano, Portimão, Lagos, Universidade de Coimbra, São João, no Porto, e Braga. No mesmo dia é também noticia: “Braga segue exemplo de São João”.

Hoje foi o Centro Hospitalar do Nordeste EPE (CHNE) que foi noticia! Não que tenha seguido o exemplo do Hospital de São João ou o de Braga, tão pouco que tenha engrossado a lista dos que adoptaram medidas para reduzir a despesa. Bem pelo contrário, a imprensa noticiava: “Nomeação polémica em tempo de crise”, dando conta que o “CHNE contratou o presidente do Núcleo Empresarial de Bragança para o recém-criado Grupo de Gestão de Risco”.

Quando os demais hospitais estudam formas de reduzir despesa para o CHNE parece não existir tal preocupação! A não ser que a ministra Ana Jorge não tenha explicado exactamente o mesmo a todos os hospitais! Seria absoluta e rigorosamente necessário contratar uma pessoa para chefiar o “Grupo de Gestão de Risco”? A haver tal necessidade para que serve uma direcção com um presidente e quatro vogais executivos? Ou será que o grupo “Grupo de Gestão de Risco” do CHNE será para gerir o risco de derrapagem das contas e para controlo da despesa?

Um comentário:

  1. queres ver que a ministra anda de bicicleta e outros de Mota ?

    "esta contratação poderá ter sido solicitada por Mota Andrade"
    http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=4061&Itemid=43

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