terça-feira, 20 de abril de 2010

Eyjafjallajokull

Bragança, 20 de Abril 2010
Eyjafjallajokull
A erupção do Eyjafjallajokull, um vulcão escondido sob o quinto maior glaciar da Islândia, ocorrida no dia 14 de Abril de 2010, paralisou o espaço aéreo mundial, levando ao cancelamento de milhares de voos. O primeiro-ministro norueguês ficou retido no aeroporto de Barajas em Madrid, o presidente da república portuguesa em visita a Praga na República Checa viu-se impedido de regressar a Portugal, a chanceler Angela Merkel, que regressava de uma viagem à Califórnia nos EUA foi obrigada a passar a noite em Lisboa por encerramento do espaço aéreo europeu. Vários outros chefes de estado viram os seus planos de viagem alterados. O primeiro-ministro italiano, conhecido pelas suas excêntricas recepções e festas, incomodado que foi recentemente pela imprensa, terá partido incógnito de Itália para destino desconhecido, deixando a República sem chefe de governo. Os italianos festejaram nas ruas terem-se visto livres do “il cavalieri”. Até à data não se sentiu necessidade da sua presença… Outros países (não digo quais) lamentaram não ter tido a mesma sorte...
Projectos, contratos, negócios, reuniões por todo o mundo deixaram de se efectuar ou foram adiados sine die. Mercadorias deixaram de poder circular entre continentes, com especial prejuízo para bens perecíveis, como alimentos que diariamente ocupam as prateleiras dos supermercados. Os serviços de meteorologia dos diversos países confirmaram não saber quando estará solucionada a situação, podendo mesmo prosseguir durante os próximos meses, um ou até mesmo dois anos. Peritos islandeses em vulcanologia temem que esta erupção possa vir a despertar o Katla, um vulcão maior e mais "agressivo", situado sob o glaciar Myrdalsjoekull a alguns quilómetros de distância, que está adormecido desde 1918, e cujas erupções, de acordo com os cientistas, têm ocorrido um ou dois anos depois da entrada em actividade do Eyjafjallajokull. Segundo o Instituto de Meteorologia português a nuvem de cinzas vulcânicas “aproximou-se bastante” da zona de influência de Portugal e Espanha, fazendo com que o primeiro-ministro norueguês prosseguisse no aeroporto de Madrid enquanto Angela Merkel foi acomodada no palácio de Belém, uma vez que os aposentos estavam disponíveis, dada a ausência do presidente português, este entretanto já reinstalado em Praga, na residência do seu homólogo checo, que sendo muito cioso do controle das contas públicas do seu país, recusou continuar a pagar a despesa do luxuoso hotel “Four Seasons”, mandando adaptar na sua residência oficial umas instalações para albergar a família presidencial portuguesa, destinando as antigas coxias do palácio a dormitórios da demais comitiva. Em Espanha o primeiro-ministro norueguês trabalhando incessantemente no seu novo ipad, que recentemente havia adquirido nos EUA, despachava documentos, lia e estudava dossiers, ocupando um improvisado escritório do aeroporto de Barajas, foi convidado para compartir com o presidente do governo espanhol os aposentos da residência oficial da Moncloa, onde lhe foi proporcionado um espaço com gabinete de trabalho, quarto com casa de banho privativa, tomando as refeições com os demais utentes do palácio.
Entretanto a nuvem de cinzas continuava o seu caminho pela atmosfera e a situação exigia que se tomassem medidas imediatas, face à cada vez maior ingovernabilidade dos executivos de diferentes países e à impossibilidade de diversos dirigentes viajar para os seus respectivos países.
O Presidente da comissão europeia, preocupado pela impossibilidade de efectuar uma cimeira, e ele próprio impedido de abandonar Bruxelas consultava os comissários sobre o que fazer e como proceder. O parlamento europeu deixou de funcionar em Bruxelas, Luxemburgo e as sessões plenárias em Estrasburgo suspensas, dado a ausência da grande maioria dos deputados, que como lhes era hábito, tinham iniciado os seus fins-de-semana na quarta-feira.
Por proposta do governo português, com base na sugestão dos iminentes responsáveis nacionais pelos programas de “novas oportunidades”, do “e-government” e “simplex”, organizou-se uma vídeo-conferência, em que participaram todos os chefes de estado e presidentes de governo dos 27 países. Portugal, não se sabe se pela sua endémica meia hora de tolerância, se por inoperacionalidade tecnológica, ou excesso de simplex do sistema, entrou tarde na videoconferência.
Face à situação, foi decidido que, aproveitando a presença do primeiro-ministro norueguês e da chanceler alemã na península ibérica, estes passariam a coadjuvar o primeiro-ministro português e presidente do governo de Espanha nas suas funções. Foi ainda considerado de grande relevância, o facto de passar a estar envolvido o mais alto responsável do governo da Noruega, que não sendo um país da união europeia, e por consequência não pertencer à zona euro, possuidor de uma moeda própria, ter resistido à última crise financeira mundial, sem que os grandes economistas tenham até agora encontrado explicação para tal facto.
Em contrapartida, o governo da República Checa, passaria a contar como consultor preferencial para as questões económicas com o presidente de Portugal, mais alguns dos membros da sua comitiva, anteriores conselheiros de estado, com reputada experiência na área financeira e larga experiência em negócios que devido aos êxitos alcançados, catapultaram alguns bancos portugueses para o reconhecimento internacional do mundo dos negócios.
Tais medidas passariam a constar como base metodológica fundamental da aplicação dos planos de estabilidade e crescimentos de Portugal e Espanha. No entanto, lamentou-se o facto de nenhum membro do governo da Suécia ter tido a casualidade de ficar retido em nenhum aeroporto grego, o que teria resultado positivo, face à manifesta solidariedade evidenciada por aquele país em ajudar a Grécia em sair da sua profunda crise financeira. Chegou mesmo a ser proposto um nome para este novo programa: “Erasmus de primeiros-ministros de governos”.
Em relação ao parlamento europeu decidiram adiar sine die o seu funcionamento, o que em surdina foi aplaudido por todos os cidadãos dos estados membros, em uma nítida atitude de desconfiança sobre a utilidade do mesmo. O vencimento dos senhores deputados, que deixando de trabalhar, foi reduzido para um valor a calcular como considerado suficiente para fazer face aos gastos de manutenção, sendo suspensos todos os demais pagamentos de subsídios de estadia não havendo lugar, logicamente, ao pagamento de despesas de deslocação, que deixaram de ser feitas, bem como de ajudas de custo. Recorde-se que desde as últimas eleições europeias os deputados europeus passaram a receber 7655 euros, isto sem esquecer outros subsídios, que no caso do de estadia ascendia a 287 euros diários, que para alguns dos deputados, poupadinhos e habituados que estavam a encostarem-se em qualquer cantinho, acumulavam com o vencimento na íntegra, por improvisarem nos seus próprios gabinetes do parlamento europeu, camas de campanha amovíveis, que montadas pela noite lhes proporcionavam o merecido descanso, sem necessidade de mal gastar dinheiro em hotéis. Tal situação mereceu já o repúdio de uma deputada portuguesa, do grupo socialista, que tinha manifestado anteriormente o seu regozijo pela actualização salarial do parlamento europeu, dizendo ter o novo estatuto posto "fim à violação do princípio de trabalho igual por salário igual", sendo corroborada por um seu colega, que ainda que de um partido contrário ao seu, concordou com a harmonização entre os deputados dos 27, já que "existia uma desigualdade" entre membros do PE. Honra seja feita aos dois “tribunos”, ela parece ter nascido para ser deputada europeia quando a Europa era uma ilusão, ele nunca se lhe conheceu qualquer profissão e não consta que alguma vez tenha tido qualquer outro emprego, que não os de deputado do parlamento português e agora europeu. Agora bem, ambos de elevada moral, respeitadores e defensores do principio constitucional “a trabalho igual salário igual”. Feitas as contas, o povo aplaudiu e ainda que a nuvem de cinza do vulcão Eyjafjallajokull tenha vindo progressivamente a reduzir a luminosidade ambiental, aumentou a claridade sobre o combate à despesa pública como método de controlar o deficit orçamental dos diferentes países.
O conselho de ministro português passou a ser conjuntamente presidido pelo primeiro-ministro do país e pelo chanceler alemã. Face à gravidade da situação económica de Portugal e Espanha, e não havendo impedimento de se viajar entre os dois países, usufruindo da alta velocidade ferroviária que os liga entre o Poceirão e a fronteira do Caia, as cimeiras multiplicaram-se, num esforço conjunto de cumprimento do respectivos planos de estabilidade e crescimento. O troço do TGV entre o Poceirão e o Caia, terminado de acordo com a revisão do plano de alta velocidade, que eliminou a terceira travessia sobre o Tejo, numa racional decisão do governo, que acrescentava que para aqueles que não querem atravessar o Tejo usando as várias vias já existentes (carro, comboio ou barco)o podem fazer a nado!
Paralelamente, o papa Bento XVI viu adiada a sua visita a Portugal, que tinha agendado para coincidir com as celebrações do aparecimento da virgem em Fátima. A conferência episcopal portuguesa tudo fez para que tal viagem não deixasse de se realizar, tendo mesmo aventado a hipótese de sua santidade viajar no “papa móvel” desde o Vaticano, e os espanhóis feito saber que não cobrariam, à comitiva, portagens nas suas auto-estradas enquanto os vizinhos franceses fazendo jus ao laicismo da sua república, nada disseram ao respeito. O governo de Portugal, tinha já avisado a concessão de uma tolerância de ponto para o dia 13, enquanto a Câmara de Lisboa tinha decido dar tolerância de ponto aos seus funcionários no dia 11, e o Porto dispensou os trabalhadores na manhã do dia 14. Os socialistas católicos, nada se sabendo dos socialistas não católicos, manifestaram a sua satisfação ao governo por conceder tolerância de ponto com a visita do Papa, considerando que o «povo português está feliz». Os patrões e os sindicatos, muito pouco tolerantes, pela primeira vez estiveram de acordo ao condenar tal atitude do governo, de uma república que por vezes diz ser laica (recorde-se que no passado mandou retirar todos os crucifixos das salas de aula). Sem ninguém lhe ter perguntado, o Provedor de justiça, numa visão mais papista que o Papa, decidiu manifestar “não estar posta em causa a igualdade dos cidadãos, a propósito da tolerância de ponto concedida pelo governo nos dias da visita do Papa a Portugal”. No final foram milhões de euros de quebra de produtividade que não se desperdiçaram, 15 mil cirurgias que iam ser adiadas que continuaram agendadas e os católicos que, desde sempre, participaram nas peregrinações a Fátima agradeceram, porque nunca necessitaram de tolerância de ponto para o fazer. A maior lamentação veio da indústria hoteleira, principalmente algarvia, que viu suspensas as marcações das imprevistas férias, efectuadas de 10 a 16 de Maio. Rui Rio que sem avançar quanto iria gastar na construção do altar para sua santidade celebrar a missa na Invicta, lamentou o ocorrido, mas festejou em surdina pela poupança. Em relação aos 200 mil euros que iriam ser gastos no altar do Terreiro do Paço, para os quais a Igreja Católica ainda não tinha encontrado mecenas, dada a cada vez maior escassez deles, o patriarcado português respirou de alívio.
Os dias foram passando, o verão chegou com a nuvem de poeira persistente na atmosfera, e a temperatura ambiental fresca, dispensava os ar condicionados, levando a uma poupança de energia considerável. Por sua vez os invernos devido a um pequeno “efeito estufa”, as temperaturas amenas dispensavam o aquecimento de edifícios. Devido à redução no consumo de electricidade, os lucros da EDP foram ameaçados, pese embora os aumentos nas tarifas que o administrador da empresa tinha implementado no âmbito da sua já famosa, eficiente e reconhecida actividade de gestor público. Na primavera de 2011, face aos resultados económicos, a assembleia de accionistas recusou pagar qualquer prémio ao gestor, por este reclamado, relativo ao exercício de 2010, tendo-o ainda intimado a devolver o prémio recebido no inicio de 2009. Face à redução do consumo, o preço da tarifa reduziu. O povo aplaudiu.
O gestor da PT, vivendo momentos de grande apuro, justificou a perda de ganhos, em assembleia de accionistas, dizendo que a “aposta da empresa na portugalidade” e na “portugalização dos seus conteúdos” dizendo mesmo “ser consciente de usar um termo errado em português, mas que lhe facilitava explicar as coisas referentes a um monoplay para um spin off do greenfield de um chairmen da PT dos term sheets do pelouro de controller financeiro do mission statement, chamando o seafelt da PT, tendo os activos da empresa duas pernas e indo dormir a casa, com os pipes e o seu negócio core da vision free to air media, olhando para os target com balance que do seu seafelt, enviada ao CE, recomendada em CA e aprovada em CA com plumbing suply a serving branch of free market com desculpa da necessidade de recorrer à expressão we need to cross the t’s and dot the i´s reafirmando a aposta na portugalidade”. No final da intervenção foi despedido e condenado a devolver os prémios recebidos pela excelência da sua gestão, durante os exercícios de 2009 e 2010. O povo aplaudiu.
De notar que este era já o segundo despedimento na empresa. Ainda que não sendo devido à nuvem de cinzas do Eyjafjallajokull, um iluminado administrador, tinha sido demitido da administração, pese embora ter recebido uma carta do Sport Lisboa e Benfica a louvar a sua performance de administrador, e de ter declarado em comissão do parlamento “ser um fervoroso adepto de futebol e o seu clube ser o FCP”, dizendo que “inclusivamente no ano de 2009 tinha tido a honra de receber o dragão de ouro de sócio do ano do FCP, dizendo serem os seus filhos sócios do FCP desde o dia em que nasceram, que o pai é sócio do FCP desde o dia em que nasceu, que o avô paterno quando faleceu foi enterrado em cima tinha com ele uma bandeira do FCP, tendo dificuldades em jantar se o FCP não ganha um jogo, confessando ter uma filha que sendo do Sporting, mas que todos os dias tenta converte-la para o FCP”. Parece ser que o insigne gestor tinha dito um dia ter ido a Madrid “comprar uma televisão”, mas não com o dinheiro dele! O povo tinha já aplaudido. Os adeptos portistas e benfiquistas, por uma vez na vida, estiveram de acordo.
A assembleia-geral de accionistas da Galp que também foi alvo de uma proposta do Estado, no caso, através da Caixa Geral de Depósitos ou da Parpública, para reduzir a remuneração fixa e os prémios dos seus gestores, à semelhança do ocorrido na EDP, PT, ZON, teve o mesmo êxito, ou seja ignoraram a indicação do governo. A ausência de voos fez com que a procura de produtos petrolíferos caísse e em finais de 2010, a Galp fechou com uma quebra de lucros, o que levou os accionistas a demitir os ilustres gestores, condenando-os à devolução dos chorudos prémios anteriormente recebidos. Para reactivar a procura, o preço dos combustíveis baixou, ao contrário do que era habitual nas gestões de grandes êxitos anteriores, que se baseavam num aumento constante dos preços. O povo aplaudiu.
Em relação ao administrador da REN, não foi necessário esperar pelo impacto da nuvem de poeira nos seus resultados de gestão. Na linguagem protestante, o seu papismo obrigou-o à demissão e os accionistas privados da empresa consideraram que não deveriam ser pagos bónus e a razão apresentada foi simples: «Em 2009, o conselho executivo, na altura liderado por José Penedos, não soube antecipar os problemas mais conhecidos por Face Oculta. Em consequência votamos contra qualquer atribuição de bónus, independentemente dos resultados da empresa» disseram.
Em finais de 2010, estava feita a limpeza nas empresas públicas, de gestores sequiosos de prémios e bónus. Os governos de Portugal e Espanha decidiram conjuntamente, deixar de pagar prémios aos gestores públicos e demais administradores, por acharem que no âmbito das respectivas funções não faziam mais do que era devido, não havendo lugar ao pagamento de prémios, ou de mordomias como: uso de cartão de crédito, planos especiais de pensões, troca anual de viaturas topo de gama, aquisição das viaturas para uso dos familiares a valores residuais, entre outras despesas, que a vergonha alheia do escritor impede de enumerar. O povo aplaudiu.
Como se deixou de viajar, a utilização de videoconferências multiplicou-se e o corte de despesas de representação na função pública foi extensivo aos membros do governo e deputados do parlamento nacional, dando fim às famigeradas “viagens fantasma”. O povo aplaudiu.
As inúmeras reuniões das inúmeras comissões de funcionários que passavam a vida a viajar pelos diferentes países membros da união, foram substituídas por videoconferências, deixando de haver lugar ao pagamento de despesas de deslocação, ajudas de custo, despesas de representação, pagamento de almoços de trabalho, generosos coffee breaks e lunches… O povo aplaudiu.
A impossibilidade de utilização dos espaços aéreos dos diferentes países, levou à suspensão de inúmeros “congressos” de médicos, em paraísos tropicais, realizados por laboratórios farmacêuticos, levando ao aumento da venda de medicamentos genéricos, reduzindo substancialmente a divida do estado às farmácias e as despesas com a saúde. O povo aplaudiu.
Um ano passou, Abril de 2011, com a atmosfera desanuviada, somente um resquício da nuvem de poeira pairava sobre a ilha de Santa Maria a mais de 20000 km de altitude. Portugal e Espanha em franca recuperação das suas economias com um controle da despesa pública fecharam o ano com um deficit orçamental de 3%. Dia 17 de Abril Angela Merkel deixou finalmente Lisboa, seguiu de avião até Berlim, dando boleia ao primeiro-ministro norueguês. A comitiva, composta por 58 pessoas, começou a chegar ao aeroporto de Figo Maduro cerca da 10h00 e a chanceler chegou às 10h35, escoltada pela polícia, e acompanhada pelo primeiro-ministro português e ministro das finanças, que agradeceram a presença e colaboração, imediatamente antes da partida do avião da Força Aérea alemã.
No mesmo dia lia-se na edição do jornal norte-americano “The New York Times”, o artigo com o título “Preocupações com a dívida abandonam Portugal”, motivadas pela descida das taxas das obrigações, afastando os especuladores dos mercados. Simon Jonhson, ex-economista chefe do FMI, num artigo feito em parceria com o economista Peter Boone, dizia também que Portugal não era já "o próximo grande problema global”. Nouriel Roubini, dizia também que Portugal não teria de abandonar a zona euro e pedia desculpas pelos prognósticos enganosos que tinha profetizado um ano antes. Fontes fidedignas informaram que chegou à comissão para atribuição do prémio Nobel de Economia uma candidatura de Teixeira dos Santos.
Enganados uns, iludidos outros! Não fora Eyjafjallajokull e nada teria sido possíve!

sábado, 10 de abril de 2010

Impostos

Impostos? Falta algum?

Estes são só alguns dos que pagamos: Imposto audiovisual, Imposto sobre valor acrescentado, Imposto sobre os Produtos Petrolíferos, Imposto Automóvel, Imposto Único de Circulação, Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, Imposto sobre Tabaco, Imposto Selo, Imposto Municipal sobre Imóveis, Imposto so...bre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas, Imposto Sobre Veículos, Taxa de disponibilidade.