sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Haja quem os entenda...


Em Novembro de 2012, Olivier Blanchard, conselheiro económico do FMI, assumia que “ o efeito recessivo da austeridade é muito superior, que levou à revisão das metas nominais do défice orçamental no caso português e à extensão do seu plano de ajustamento.(…)”. A Comissão Europeia nada disse sobre o relatório e pese embora os insistentes pedidos para que o fizesse - se também ela assumia o erro reconhecido pelo FMI -  a resposta foi o silêncio!

9 de Janeiro de 2013, a receita do FMI, para reduzir a despesa pública em 4 milhões de euros, expressa no relatório elaborado a pedido do governo português, são um exercício ignóbil de mais austeridade, que levará à ruína das famílias portuguesas. Desta vez, a CE apressou-se a concordar…Estanho, não é?

Será que o organismo que produziu o relatório de Novembro de 2012 é o mesmo de Janeiro de 2013? Definitivamente “não joga a cara com a careta”… Haja quem os entenda! Já agora, quando acertou o FMI nas suas já longas e sucessivas intervenções em todo o mundo?

A tudo isto, não estranham as loas de Carlos Moedas ao relatório, não fora o Secretário de Estado Adjunto de Passos Coelho um ex-funcionário do banco de investimento, Goldman Sachs

Estou como diz o poeta “não sou eu quem nos navega, quem nos navega é o …”


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