terça-feira, 11 de maio de 2010

Não há pachorra…

Não há pachorra…
11 de Maio de 2010
Nova subida de IVA e tributação extraordinária do subsídio de Natal de toda a população, duas medidas ponderadas pelo Governo. Há dias o Primeiro-ministro e o ministro de finanças garantiam que a situação portuguesa nada tinha que ver com a Grécia. Há dias o ministro das obras públicas garantia que todas as obras programadas, com especial destaque para o novo aeroporto de Lisboa, TGV e terceira travessia do Tejo, continuariam o seu curso normal. Há dias o ministro das finanças, contrariando diversos analistas e organismos de controlo das finanças públicas, nomeadamente o Banco de Portugal, reafirmava a não necessidade de subir impostos. Há dias numa operação que hoje verificamos ter sido de cosmética eleitoral, o governo baixava o IVA de 21 para 20%. Há dias assembleias-gerais de empresas públicas, permitiam-se ignorar as indicações do governo, sem que houvesse reacção deste, e subiam prémios e salários dos seus administradores, dos quais ressalto o caso flagrante da REFER, que acumulou prejuízos de mais de 112,8 milhões de euros, os administradores deste empresa pública aumentaram as suas remunerações em 13%.Com o beneplácito do governo, Fundações, Institutos, Entidades Reguladoras continuam as suas actividades, a maioria das vezes sem que se entenda a sua utilidade, pagando chorudos salários dos seus administrados, como o recente caso da nomeação de um vogal para a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos – ERSE a ganhar um salário mensal bruto de 14 198 euros.
Hoje, como se nada tivesse sido dito, e procedendo como se todos nós fossemos dotados de uma falta de memória,o governo não encontra melhor alternativa ao controlo das contas do estado, que proceder como os Reis da idade média, entrar descaradamente no bolso do povo… Não há mais pachorra para aguentar tanta inépcia. Se não sabem fazer melhor! Perguntem a quem sabe, que não é nenhuma vergonha…

2 comentários:

  1. Gostei desta: "Há dias numa operação que hoje verificamos ter sido de cosmética eleitoral, o governo baixava o IVA de 21 para 20%."! Concordo com tudo plenamente, mas continuo a achar, que por muito que Portugal não seja a Grécia, algumas medidas (além das do PEC) ainda têm que ser implementadas. Podem não ser essas, mas algo mais tem que se fazer, para estabilizarmos as nossas contas até 2012. Agora, uma pergunta... Porque é que escreveste controlo à maneira brasileira?

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  2. Controlo como acto ou efeito de controlar.

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