O regresso de férias e o primeiro dia de trabalho é sempre deprimente. Só por vergonha não choramos, como choram algumas crianças à porta dos colégios, quando os pais aí os levam pela primeira vez. Desta vez o regresso não teria sido diferente dos demais anos, se não fosse a recepção que nos preparou Passos Coelho e o seu zeloso ministro das finanças, que enquanto o primeiro em entrevista ao diário espanhol “El País” dispensava os mais ricos de sacrifícios, o segundo num tom monocórdico e ar seráfico anunciava como pensavam, uma vez mais, meter a mão no bolso do povo português. Povo português? Sim, mas não de todos os portugueses…
Depois de ter (ao contrário do que tinha dito na oposição e prometido em campanha eleitoral) aumentado os impostos sobre o trabalho, de ter renunciado a taxar as fortunas e as mais-valias geradas pelo capital, de ter dispensado os mais ricos de sacrifícios, Passos Coelho anuncia, finalmente, os tão propalados cortes na despesa. Saúde, educação e segurança social serão os alvos preferenciais. Ao cortar nestas áreas, não estarão, principalmente, a sacrificar ainda mais os já anteriormente sacrificados? Tal como antes, e para ninguém estranhe, esta politica é mais do mesmo… Meter a mão ao bolso do que está mais a jeito…
Se estas são as soluções que Passos tinha para o país? Então que se….
Fé
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