sábado, 29 de janeiro de 2011

"Errare humanum est"


Desculpar e pedir desculpa são dois nobres princípios. Independentemente das circunstâncias ou de quem o faz, pedir desculpa é, além de nobre, de homens com carácter. Desculpar é cristão, mas também de elevada moral. De qualquer modo, um pedido de desculpas tem de ter implícito o reconhecimento que se errou. Já o desculpar deve ser sincero, porque só assim haverá perdão, mas de modo algum deve branquear o erro ou dizendo de uma outra forma, no mais vulgar “Chico-espertismo” português, “varrer para baixo do tapete”!
O ministro Rui Pereira pediu desculpa, mas sem manifestar ter reconhecido o erro. O primeiro-ministro José Sócrates rapidamente “varreu para baixo do tapete” dizendo “… mas só erra quem age”.
Quem trabalha sabe bem que corre o risco de ser despedido por diversos motivos entre os quais “desinteresse repetido pelo cumprimento, com a diligência devida, de obrigações inerentes ao exercício do cargo ou posto de trabalho a que está afecto”.
O ministro não foi despedido, pese embora seja reincidente na falta de zelo no seu trabalho e seja hoje mais fácil despedir, graças à sua colega Helena André, ao corresponder a um anseio dos patrões “tornar mais fácil os despedimentos” justificado com a sarcástica desculpa de que é para “ alinhar a prática nacional com o que se passa nos outros países europeus e mais concretamente em Espanha”.
Errar humanum est, mas  para trabalhar ad glorian que seja Errar humanum est, perseverare diabolicum

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