segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O Nobel de Medicina de 2010

A academia Sueca anunciou hoje, dia 4 de Outubro, a atribuição do prémio Nobel de Medicina 2010 ao britânico, Robert G. Edwards, pelas suas investigações sobre a fecundação in vitro.

Tarde! Robert Edwards tem hoje 85 anos e as suas investigações ocorreram em finais da década de 70 do século passado! A fertilização in vitro é hoje uma prática corrente, estimando-se que desde 1978, mais de 4 milhões de bebés nasceram, em todo o mundo, utilizando a técnica agora premiada com o Nobel da medicina.

Estranho e impróprio! A igreja católica não tardou em condenar o acto, com termos inadequados como “fora de lugar” e “inaceitável”. Nem o facto de os trabalhos de Edwards terem incidido sobre a infertilidade humana, buscando novos caminhos para as famílias terem filhos, inibiu o Vaticano, pela voz do presidente da Academia Pontifícia para a Vida, de proferir declarações retrógradas, bizarras, de linguagem rancificada e reaccionária, plena de ideias caducas, desprovidas de sentido e impróprias do século XXI. Ignasio Carrasco de Paula acusou Robert Edwards de ser responsável pelo “abandono e morte de muitos embriões”, pela existência de um “mercado de ovocitos”, entre outras ignomínias.

Se todos fossemos tão pródigos a julgar os crimes da igreja ao longo dos tempos, quanto o Vaticano o é a condenar práticas e actos da ciência!

Por esta e por outras, nos afastamos da igreja…

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