Aos jovens licenciados dos recibos verdes, dos estágios não remunerados, dos empregos precários ou mesmo desempregados, quem os enganou?
Culpados? No nosso país de “brandos costumes” normalmente a “culpa morre solteira”!
No ensino, dizem ter sido Veiga Simão, ministro do governo de Marcelo Caetano, quem “democratizou” o ensino em Portugal. Em nome da "educação para todos", nos anos 70 viu-se as então “regentes”passarem a professoras primárias e professores primários serem promovidos a “setôres”...
A seguir, vieram os anos das passagens administrativas… A invenção de professores “sem habilitação própria” autorizados a leccionar matérias tão importantes como português, matemática ou física! Viu-se repetidas vezes, alunos com um impreparado 7º ano passar a ser “setôres” de um dia para o outro!
Entrar numa universidade passou a ser o caminho normal de qualquer aluno que terminava o ensino secundário.
Quando Portugal recuperou do “período revolucionário em curso”, a educação, na alternância democrática do país, foi entregue a: João de Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Diamantino Durão, Couto dos Santos, Manuela Ferreira Leite, Marçal Grilo, Guilherme Oliveira Martins, Júlio Pedrosa e mais recentemente dividida em dois ministérios, primeiro David Justino com Pedro Lynce e Maria da Graça Carvalho e depois Maria De Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada com Mariano Gago no ministério da educação e no do ensino superior, respectivamente. Todos fizeram reformas e reformas de reformas. Todos referenciados como reputados pensadores da educação. Todos autores de ensaios e livros, alguns publicados depois de serem ministros, dizendo o que deveria ser feito, mas esquecendo o que não fizeram. Todos empenhados no combate ao insucesso escolar. Em nome das “boas” estatísticas, abusaram do facilitismo, eliminaram os exames, ilegalizaram o odioso “chumbo”, inventaram centros das “novas oportunidades”, estabeleceram processos de “validação e reconhecimento de competências”, criaram e agilizaram o acesso a “licenciaturas para maiores de 23 anos”, fizeram o "ensino recorrente", os CETEs e CESEs como forma de entrar nas universidades sem aprovar o 12ºano…
Em nome da educação, formação e criação de competências, criaram-se os cursos mais diversos que se possam imaginar (775 cursos entre universidades e politécnicos), multiplicaram-se as universidades privadas, escolas e institutos, por todo o país, fazendo do ensino um negócio! Não importa como, mas o que é preciso é ser doutor e depois se verá! E viu-se: Uma “geração à rasca” num país à rasca... Mas desta vez a culpa tem nome e apelidos…
Fé
300 000 a manifestarem-se contra um governo eleito à ano e meio.
ResponderExcluironde estavam esses jovens à rasca nas ultimas eleições?
terão ficado no facebook em vez de irem votar?!
alguns podem ser aqueles que a incompetência do ministro Rui Pereira impediu de votar!
ResponderExcluirAlfredo