Cortar, poupar...

É quase um cliché dizer que este governo é melhor a aumentar os impostos do que a reduzir a despesa. Infelizmente é verdade, os anunciados cortes na despesa, não passam de actos isolados, tacanhos e a maioria das vezes espúrios sem obedecer a qualquer plano, método ou estratégia que tenha sido anunciada.

De todos os cortes, o mais execrável - principalmente por vir de quem vem - foi o de decidir não pagar os prémios de 500 € aos melhores alunos do ensino secundário. 

Num país que raras vezes se distingue e premeia a excelência e antes se cultiva o “chico espertismo “ e o "desenrascanço", Nuno Crato toma uma decisão nada consentânea com aquilo defende nos livros e artigos que escreveu e publicou antes de ter aceitado ser ministro. Dizem que não terá sido dele a ideia! Se foi assim, então ainda pior, principalmente para alguém que queria demonstrar possuir o que normalmente aqueles que pululam nos partidos - tradicionalmente - de governo não têm, personalidade!

Fé

Desenvolvido!

São vários os indicadores de desenvolvimento de uma cidade: serviços, escolas, vias de comunicação, cultura, saúde e ambiente, oportunidades de emprego etc. Alguns há, que o avaliam mais facilmente! Ontem, alguém me dizia em relação a Bragança, que esta estava ao nível das grandes cidades, por já haver - nas ruas e lugares de estacionamento - arrumadores de carros. Logo me lembrei de um amigo que sempre me diz, quando olhamos para o caderno de anúncios do Jornal de Notícias na sua secção de “relax”: até por aqui se vê que Vila Real está mais evoluído que Bragança, já há oferta de “meigas, safadas, maduritas, discretas, travestis, etc. ” e outas coisas mais....

Fé

Frada, traje ou uniforme.

Uma farda seja ela de bombeiro, guarda-republicano, policia, militar, escuteiro ou estudante faz de quem a usa o que não é quando a não usa. Alguns ganham uma altivez e uns arrebiques que sem farda seriam incapazes de o manifestar.

Começaram as aulas e é vê-los, aos “doutores”, que fardados comandam os “caloiros”, que obedientemente aceitam as praxes, também eles sonhando vir um dia a fardarem. E dá igual que digam que é “traje” e não farda, porque trajando todos eles levam a farda que gostariam os distinguisse como académicos dos demais, apesar dos impropérios, obscenidades e tolices, que nem o traje ou farda os impede de gritar.

Traje, farda ou uniforme? Que mais dá, se o que importa não é o como te vestes…

 

Fé

Un puntapié!

As duas ruas íngremes que sobem até ao castelo de Bragança, são localmente conhecidas, pela sua inclinação, como “costas”. Por uma ser maior que a outra , são chamadas de “costa grande” e “costa pequena”. Ao fundo existe um largo, que poucos sabendo como se chama, é na gíria conhecido por “principal”.  Principal? Porque está ao "fundo das costas"...

Nos resquícios do Porto vs Benfica, na RTP1, Fucile mostrava  a sua indignação por uma agregação sofrida num contacto com Cardoso, que num castelhano aportuguesado, procurava explicar que tinha sofrido um “punta pie en el culo, en la cola, no se como se diz...”. A nossa televisão, não enconrou melhor palavra para traduzir do que “levei um pontapé no traseiro”! Aqui fica a sugestão ao editor desportivo da RTP, que pode passar a incluir no seu léxico a palavra “principal” para designar o que está ao fundo das costas, onde parece ser que Fucile levou um pontapé!

Fé

Uma nódoa!

Um homem preso há mais de 22 anos, acusado de um crime que sempre negou ter cometido, e sem provas conclusivas da sua culpa, foi ontem executado! Não, não foi em qualquer país, foi nos EUA, que tanto admiramos por diversas razões, mas que confirma que “no melhor pano cai a nódoa”!

Que levará, em 2011, um país com a dimensão humana dos EUA a permitir que estados como o da Geórgia, após terem detida uma pessoa durante mais de 22 anos, repito 22 anos, a tenha executado em nome de uma “justiça”  que de justiça tem pouco?

Fé

Dia Europeu sem Carros!

Como há já alguns anos a esta parte a nossa câmara municipal decidiu assinalar o “Dia Europeu sem Carros”. Fê-lo como sempre, limitando a circulação às ruas da chamada “zona histórica”. 

Se o principio que levou à UE adoptar a nível europeu este dia como “dia europeu sem carros” foi a consciencialização das populações e decisores para as questões da mobilidade e qualidade de vida urbana, não se entende a forma como o comemora a câmara de Bragança! 

Será que só as, cada vez menos, pessoas que vivem na “zona histórica” estão necessitadas de serem consciencializadas? 

As demais ruas, bairros e avenidas de Bragança, não sofrem os efeitos do ruído e do CO2 lançado pelos escapes dos automóveis? 

Se se trata de consciencializar, porque colocar barreiras guardadas por indispostos e autoritários funcionários, que nos fazem sentir prevaricadores, por vivermos em uma zona que dita de “histórica” tem mais de abandonada e deprimida?

Esta como outras atitudes do nosso município está  de acordo com a dimensão da opulência, narcisista e provinciana que nos tem dirigido nos últimos anos...

Fé

Gracioso na Graciosa!

Era criança quando apareceram os primeiros triângulos de queijo fundido que tinham a marca “La vache qui ri”, onde aparecia uma simpática vaca com um rasgado sorrio. Com o tempo passou a haver a versão portuguesa “A vaca que ri”. Tirando a francesa “La vache qui ri” e a respectiva versão portuguesa “A vaca que ri” nunca vi vacas a sorrir, mesmo as que olham para os pastos mais verdejantes !

Terá sido por ser na ilha Graciosa, que ao Presidente da República lhe terá ocorrido o gracioso comentário “Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando para o pasto que começava a ficar verdejante

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