Neste país que alguns teimam em caracterizar de “brandos
costumes”, utiliza uma canção para dar a conhecer o protesto daqueles que não
tendo outra forma de o fazer, a ela recorreram para exercer o que há muito se entende
por “direito à indignação”, mas que os partidos da nossa democracia parecem
desconhecer…
Com um governo de dissimulados cabotinos, que alardeiam conhecimentos
e merecimentos que não possuem, se enganam em cada medida que preconizam e depois
nos fazem crer do contrário; com um ministro das finanças que fala em previsões
como se da cartola tirasse o seu primeiro-ministro; com uma oposição titubeante
e insegura do seu papel (cheguei a pensar que tínhamos homem, mas parece ter-se
assutado com o “aparelho” do leader!), não estranharia que, quando sejamos
chamados a votos, aqui também um “Grillo” nascesse…
Depois os até agora comodamente sentados na bancada do
hemiciclo e no conforto de São Bento (a tomar cafés a 0.25 € sem "factura simplificada") não se estranhem e digam que a
“democracia” é injusta!
Fé