sexta-feira, 9 de março de 2012

O Estado que temos, ou o que merecemos?



Um primeiro-ministro que pede aos portugueses que “não sejam piegas”, que não se coibiu sem apelo e agravo de cortar durante os próximos dois anos os subsídios de férias e natal dos desprotegidos funcionários públicos (com as respectivas excepções de alguns autorizadas pelo seu ministro de finanças), que há dois anos candidamente pedia desculpa aos portugueses por ter subscrito o aumento de 1% no imposto de renda no PEC 2, que perante de jovens licenciados à procura do primeiro emprego se eximiu de responsabilidade incentivando -os” a abandonarem a sua zona de conforto e a “procurarem emprego noutro sítio”, que ironicamente – no cenário de degradação salarial – diz “esperar que os portugueses façam uma boa gestão dos recursos e possam ir de férias, foi esta semana protagonista do culminar da inoperacionalidade governativa. No parlamento, perante embaraçados monossílabos e angustiadas expressões “estou à espera de resposta”, “desconheço” “custa-me a acreditar que” mostrou não ter sob controlo o governo que dirige. Um seu secretário de estado, aparentemente por vontade própria, mandou pagar à Lusoponte a bonita quantia de 4,4 milhões de euros, como compensação das portagens do mês de Agosto na ponte 25 de Abril, ignorando as cobranças feitas pela concessionária!

Afinal quem manda neste país? Quem manda que se pague ou não? Quem é o responsável ou os responsáveis políticos e administrativos por tais actos?

A culpa, como é norma entre nós irá uma vez mais “morrer solteira” esperando que o episódio caia no esquecimento…

Este é o Estado que temos, mas não o que merecemos… Vergonha lhes deveria dar para enfrentar um país ao qual tantos sacrifícios se lhes estão a exigir e impor!

E a Guarda, perdão a TROIKA, não vê isto?



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