quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

À espera de um “Grillo”?



Neste país que alguns teimam em caracterizar de “brandos costumes”, utiliza uma canção para dar a conhecer o protesto daqueles que não tendo outra forma de o fazer, a ela recorreram para exercer o que há muito se entende por “direito à indignação”, mas que os partidos da nossa democracia parecem desconhecer…

Com um governo de dissimulados cabotinos, que alardeiam conhecimentos e merecimentos que não possuem, se enganam em cada medida que preconizam e depois nos fazem crer do contrário; com um ministro das finanças que fala em previsões como se da cartola tirasse o seu primeiro-ministro; com uma oposição titubeante e insegura do seu papel (cheguei a pensar que tínhamos homem, mas parece ter-se assutado com o “aparelho” do leader!), não estranharia que, quando sejamos chamados a votos, aqui também um “Grillo” nascesse…

Depois os até agora comodamente sentados na bancada do hemiciclo e no conforto de São Bento (a tomar cafés a 0.25 € sem "factura simplificada") não se estranhem e digam que a “democracia” é injusta!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

El “derecho al pataleo”.

Contam que no tempo de Frei Luis de Léon - uma das mais destacadas figuras do renascimento espanhol- na Universidade de Salamanca, os primeiros a chegar salas de aulas, tinham por missão aquecer os assentos aos nobres. Os plebeus, aquecedores de assentos, passavam depois para as últimas filas onde lhes era permitido patear como forma de entrar em calor nas então frias salas da universidade de Salamanca.

A expressão “derecho al pataleo” entrou na gíria popular espanhol, como o direito à indignação, como atitude de manifestar desagrado àqueles que se sentem defraudados dos seus direitos ou como protesto para os que não possuem outros meios de manifestar o seu desagrado.

O que nos dois últimos dias aconteceu a Miguel Relvas é injustificável nos mais nobres princípios do direito à livre expressão num regime democrático. Um dos menos assumidos e esquecidos preceitos pelos democratas é o de “a democracia é também o regime dos não democratas”...

Agora bem, no também assumido, mas igualmente esquecido princípio do direito à indignação, o senhor Primeiro-ministro, deveria já há muito ter dispensado o ministro Miguel Relvas, das agruras de representar o governo e fazê-lo regressar a casa, procurando que o povo, com o tempo, esqueça que alguma vez tal pessoa teve funções de estado.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Com graça, ou engraçado?


“Garanto que não estou a partir a loiça” disse passos Coelho numa sessão do PSD no Porto.  Disse ainda que devem os portugueses estar “confiantes” dado que “os objectivos podem ser cumpridos sem que a corda que está esticada possa partir”!

A corda a que se referiu, podia aproveitar e atá-la ao seu pescoço e do seu superdotado inspirador, deixando os portugueses não só “confiantes”, mas principalmente aliviados.

Um Primeiro-ministro com graça ou mesmo um Primeiro-ministro engraçado é tudo o que os portugueses menos precisam...




sábado, 9 de fevereiro de 2013

Carnaval?



Hoje , Sábado de carnaval, está reunido o governo, apostado em cortar 4 mil milhões de euros da despesa pública. Parece que, não se tratando de nenhuma  brincadeira carnavalesca, o conselho é presidido pelo insigne e magnânimo  António Borges  disfarçado de Passos Coelho, dando corpo a um velho e nunca consomado desejo de ser primeiro ministro...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Fazem e dizem o que querem e ainda lhes sobra tempo...




  • Pior que as cruéis, imbecis e inusitadas afirmações do banqueiro Ulrich, sobre as capacidades dos portugueses aguentarem mais autoridade, foi ouvir as explicações e justificações que os seus conciliados amigos da banca disseram:

“o que ele disse...” , “o que ele quis dizer...”, “... declarações foram bem intencionadas...”, “Ulrich quer o bem de todos...”!...
Como se nós não tivéssemos ouvido o que ouvimos! Ou então, fazendo de nós parvos...

  • Pior mesmo, só a nomeação do ex-administrador do BPN, Franquelim Alves, para  Secretário de Estado do  Empreendedorismo, Competitividade e Inovação do governo, situação que o próprio – que tinha omitido do seu currículo - disse “não constituir nenhum problema” e que aplicaria os “mesmos standards de rigor e exigência” ao seu trabalho!


Uma dúvida e uma pergunta:
Se aplicar os mesmos “standards de rigor e exigência” ao empreendedorismo e inovação a este governo que aplicou no BPN, está tudo dito...
Se o facto de ter sido administrador do BPN, não constituir - segundo o próprio – qualquer problema, porque o omitiu do seu CV?

Fazem e dizem o que querem e ainda lhes sobra tempo...


sábado, 2 de fevereiro de 2013

Crise no PS?




O que fez António Costa adiar a sua candidatura a Secretário Geral do PS? Quando ele ainda apenas tinha manifestado indelevelmente um sentir sobre o futuro que se avizinha e o papel que o PS deverá enfrentar, logo os cadáveres do “Socratismo” ressuscitaram... Com tais fantasmas ou mortos ressuscitados, qualquer “anjo-da-guarda”  salvador adiaria a sua divindade...