Português IV e Português V!

Do já estafado caso da licenciatura de Miguel Relvas há ainda, no entanto, uma questão que gostava de saber:

Que competências lhe terão sido reconhecidas pela Universidade Lusófona que deram origem à criação das cadeiras de Português IV e Português V? Como serão os conteúdos programáticos de tais disciplinas  que se inspiraram na vida de Miguel relvas?

Fé

Para onde vamos?

“Nós sabemos para onde vamos” disse Passos Coelho! Nunca duvidei... O problema é que o desenvolto primeiro-ministro não parece saber por onde não deve ir...

Se Passos Coelho soubesse para onde não ir, não teria falhado em todas as suas politicas que deveriam ter conduzido à redução do défice e ao “corte nas gorduras” do estado, como o próprio gostava de dizer quando era oposição…

Não restam dúvidas, que pior que um primeiro-ministro que “sabe para onde vamos” é um que não sabe por onde não devemos ir! Nunca melhor dito na palavra de José Régio, se Passos Coelho nos tivesse transmitido o sentimento de confiança do saber :

“Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
Sei que não vou por aí”, Portugal não estaria hoje a precisar do “enorme aumento de impostos” anunciado pelo tartufo do seu ministro das finanças…

Fé

Pedir desculpa!

“Começo por pedir desculpa aos portugueses”, declarou Pedro Passos Coelho!

Não, não foi ontem durante o anúncio das medidas que vêem substituir o recuo do governo na TSU. Foram palavras proferidas, por Passos Coelho em Maio de 2010, lembram-se? Palavras pronunciadas, com disfarçada “timidez”, após o apoio que o PSD deu às medidas de austeridade adicionais ao Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) do governo de José Sócrates!

Escassos 9 meses depois, o mesmo Passos Coelho e PSD, chumbavam o PEC 4, dizendo que “a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento”!

No mesmo ano (2011) Passos Coelho, já primeiro-ministro, retira subsídios de Natal e férias aos portugueses em 2012 e em Abril chega mesmo a dizer “só a partir de 2015, haverá reposição desses subsídios. Com que ritmo, com que velocidade, não sabemos"… Esta história, mais os episódios: da quebra das receitas de impostos, do incumprimento da meta de redução do deficit, do chumbo do tribunal constitucional, da subida da TSU, do recuo na TSU, ou seja do falhanço do governo, todos conhecem. Só que ontem, ter-lhe-ia ficado bem, acompanhar o ministro das finanças no anúncio do “enorme aumento de impostos” e tal como em 2010, pedir desculpa aos portugueses… sim pedir desculpa pela desilusão da sua política e por não ter conseguido fazer melhor do que aqueles que, no passado recente, tanto criticou.

Fé

Uma Universidade em Bragança!

Ontem ‑no encerramento da 2ª Conferência da Rede de Universidades Aplicadas, no Instituto Politécnico de Bragança ‑ o presidente da Câmara Municipal, Jorge Nunes, decidiu ressuscitar um “morto”, que jazia desde a primeira eleição do actual presidente do IPB (Sobrinho Teixeira). Perante a presença do ministro Nuno Crato, Nunes defendeu a ideia de o IPB evoluir para uma universidade!

Desconheço os motivos que levaram Nunes, no final do seu mandato de presidente da câmara, a ser o ressuscitador de tal ideia! Num ano que o IPB, teve vários cursos com 0 alunos colocados (principalmente das áreas técnicas) e mais de 70% das vagas disponibilizadas por preencher, a ideia ressuscitada por Nunes parece mais ser “o canto do cisne”.

Nuno Crato disse que a aposta deveria ser ensino técnico, “logo a partir do secundário”, ao que parece satisfazendo Sobrinho Teixeira que não se cansa de dizer que “não está preocupado com as últimas colocações” porque o seu “público-alvo” são os CETs, os tais cursos técnicos…

Fé

Deputy ou Shadow primeiro-ministro?

Os Britânicos possuem um personagem, The Deputy Prime Minister, que não ocupando uma posição permanente no executivo, assessora o gabinete do primeiro-ministro, que sempre com a apreciada discrição, depende do PM. A democracia inglesa contempla igualmente a figura do Shadow Prime Minister, formalmente reconhecida desde 1937 que mesmo representado a oposição, assume um importante conceito constitucional que “oposição não é traição”.

Vem isto a propósito da mais recente episódio da “democracia portuguesa”, que deveria levar o primeiro-ministro Passos Coelho a explicar aos portugueses: António Borges é, no nosso formato, o equivalente a um Deputy ou  a um Shadow primeiro-ministro?

Se ele é shadow, Seguro que se cuide…

Fé

Extraordinariamente inteligente?

Embora não seja empresário, eu também não passaria no 1º ano da faculdade de António Borges...

Uma “medida extraordinariamente inteligente” foi assim que António Borges classificou a rejeitada TSU! O ilustríssimo  professor e  insigne economista disse ainda que “os nossos empresários que se apresentaram contra a medida são completamente ignorantes e não passariam no 1º ano do curso da minha faculdade”.  Agora entendo a que “factores ideológicos” se referia Passos Coelho sobre a “distorção” no debate sobre a TSU...

Não sei qual as disciplinas em que António Borges é mestre, mas para alguém tão convencido do alto da sua cátedra, deveria explicar o que disse “80% da despesa do estado são vencimentos dos funcionários públicos”! Oh Sr. Professor, os número são iguais tanto aqui como em Stanford...

Estou como diria Scorali (um homem com ideologia de futebol): e burro sou eu, hem, o burro sou eu?...

Fé