Em 1995/96, quando vivíamos a ficção europeia,
com a política de desenvolvimento de cidades de média dimensão, como o então
recém eleito primeiro ministro António Guterres defendia - o tal que disse um
dia, perante o delírio de alguns e a esperança de muitos que “iria colocar
Bragança no mapa” - cheguei a acreditar que Bragança poderia vir a ser um polo
interessante de desenvolvimento no
interior norte de Portugal!
Não passava de uma ilusão! Não houve um único investimento
que gerasse emprego ou alguma política que resultasse em desenvolvimento
regional.
Uma auto-estrada, chamada de “auto-estrada da justiça”, que tarda em acabar, mas que já conta com um troço taxado, imagine-se a variante a Bragança...
Uma auto-estrada, chamada de “auto-estrada da justiça”, que tarda em acabar, mas que já conta com um troço taxado, imagine-se a variante a Bragança...
Ano trás ano fomos perdendo atractividade, população e até "o
motor de desenvolvimento" começou a falhar! Investimentos desprovidos de sentido comum, um mercado deslocalizado e transformado em discoteca e lojas de serviços públicos enquanto o antigo mercado - símbolo de uma época - era transformado em uma pretensiosa praça de suspeita utilidade, um centro histórico abandonado e desertificado, uma ciclovia de desmedido despesismo, edifícios recuperados para utilizações de duvidoso interesse, esculturas de provinciana e cara presunção, novas mas despovoadas zonas residenciais, são só alguns exemplos do que se passou nos últimos 15 anos.
O último sinal veio da empresa Castelo Lopes, que para
iniciar o ano de 2012, da noite para o dia, encerrou as salas de cinema que
explorava no centro comercial, que é, imagine-se, gerido pela autarquia local!
O Presidente, questionado, não pela oposição, mas sim pela imprensa, na sua
habitual postura autista, mas ao mesmo tempo de educador paternalista, disse não
haver qualquer tipo de problema, dado que "um dia por outro o teatro local" (que
também é de gestão camarária) "poderá dar cinema", desde que de “qualidade”! Não
chegou, no entanto, a dizer quem definirá a qualidade dos filmes a exibir...
Definitivamente esta cidade é cada vez mais uma cidade para
velhos!
Fé
Há um projecto para dotar as ciclo-vias de enormes plasmas a passarem Cinema legendado em Mirandês.
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